top of page
paulista-avenue-sao-paulo-brazil.jpg

NOTÍCIAS

A Knewin usa inteligĂȘncia artificial no ‘clipping’ — e acaba de levantar R$ 40 mi

  • Ana Souza
  • 6 de jan. de 2021
  • 3 min de leitura

Atualizado: 19 de mar. de 2021

Por Pedro Arbex, veiculado no Brazil Journal em janeiro de 2021.


A Knewin — uma startup que monitora a reputação de marcas usando inteligĂȘncia artificial — acaba de levantar R$ 40 milhĂ”es para ampliar seu portfĂłlio de produtos com aquisiçÔes e acelerar sua expansĂŁo internacional.


O cheque para a rodada Série A veio da Oria Capital, uma gestora de private equity focada em empresas de SaaS (software as a service). A Oria jå investiu na Gupy, de recrutamento; na Pixeon, um ERP para hospitais; e na Zenvia, de conversational commerce.



Esta é a terceira captação desde que a Knewin foi fundada em 2011. De lå para cå, a startup jå levantou outros R$ 16,5 milhÔes com a KPTL e a Invisto, ambas gestoras de venture capital.


Fundada em FlorianĂłpolis por dois cientistas da computação, Lucas NazĂĄrio e Fabiano Beppler, a Knewin estĂĄ injetando tecnologia numa indĂșstria carente de inovação: as agĂȘncias de public relations e assessorias de imprensa.


Até pouco tempo, essas empresas faziam o monitoramento de seus clientes da forma arcaica: uma pessoa ficava lendo as notícias nos principais veículos de comunicação e selecionando manualmente as matérias em que seus clientes eram citados.


A Knewin desenvolveu um algoritmo de inteligĂȘncia artificial capaz de monitorar em tempo real 1,2 milhĂŁo de fontes distintas de informação — desde sites e redes sociais atĂ© rĂĄdios e canais de televisĂŁo — gerando mais de 10 terabytes de dados por dia.


A startup atende cerca de mil clientes, que pagam uma mensalidade para ter acesso a plataforma, e faturou cerca de R$ 30 milhÔes em 2020. A meta para este ano é mais que dobrar a receita, chegando a R$ 70 milhÔes.


Na prĂĄtica, os clientes da Knewin — agĂȘncias como a FSB, empresas como a Petrobras e instituiçÔes pĂșblicas como o Governo da Bahia — definem os filtros de informaçÔes que desejam buscar. O algoritmo entĂŁo começa a vasculhar as fontes de dados para entender a exposição do cliente na opiniĂŁo pĂșblica.


O Governo da Bahia, por exemplo, usou a Knewin recentemente para entender como a população estava enxergando as açÔes do Estado no combate à pandemia.


Nas versĂ”es mais sofisticadas de seu serviço, a Knewin adiciona tambĂ©m uma camada extra de curadoria dos dados (na qual uma equipe de analistas faz uma limpeza e classificação das informaçÔes geradas pelo software), e uma solução de analytics, cruzando informaçÔes e criando grĂĄficos para mostrar tendĂȘncias e gerar hipĂłteses.


Lucas, o CEO e cofundador, explica que para capturar dados offline, como transmissÔes locais de rådio, a Knewin constrói hardwares próprios em parceria com provedores regionais.


“Montamos vĂĄrios desses equipamentos fĂ­sicos que capturam o sinal [de rĂĄdio], jogam esse sinal na nuvem e depois fazem a tradução de voz para texto,” ele disse ao Brazil Journal. “Se tiver alguĂ©m reclamando de uma marca que atendemos numa rĂĄdio pequena do interior, por exemplo, vamos conseguir capturar isso".


Lucas diz que a capitalização vai ser usada principalmente para aquisiçÔes de empresas que vĂŁo complementar o portfĂłlio de produtos — uma estratĂ©gia que tem sido central no crescimento da Knewin. A startup jĂĄ fez onze aquisiçÔes, tanto para aumentar a carteira de clientes quanto para agregar novas tecnologias e serviços.


Agora, a Knewin quer entrar nos serviços de ‘newsroom’, que permite que empresas criem plataformas abertas a jornalistas onde postam textos e vĂ­deos; distribuição de conteĂșdo por email para jornalistas (dominado por empresas como I'Max e Comunique-se); e de business intelligence.


Outro plano: comprar uma empresa que jå tenha uma carteira de clientes relevante no México, onde começou a operar recentemente.


“Eles criaram uma base de dados muito robusta que os coloca numa posição extremamente defensiva: qualquer empresa que quiser entrar no mercado vai ter o custo alto de montar esse dataset,” diz Jorge Steffens, o fundador da Oria Capital. “Esse Ă© um setor que Ă© quase um monopĂłlio onde o primeiro a entrar normalmente Ă© quem ganha".


bottom of page